(Nome dado pelos gregos a Toth, deus lunar dos egípcios).
Zélia de Toledo Piza
1. Mentalismo 5. Ritmo
2. Correspondência 6. Causa e efeito
3. Polarização 7. Gênero
4. Vibração
Vamos procurar perceber a função de cada uma delas.
A possibilidade do Universo surge com a terceira Lei de Hermes - a da Polaridade. O Eterno, no seu estado de equilíbrio perfeito, não poderia dar surgimento ao Universo. Ele se polariza, momento quando também começa atuando a sétima Lei, a do Gênero. Surgem Mercúrio e Vênus, os Pais Cósmicos. Esta Trindade, possuidora da mente Cósmica, elabora o plano arquetipal através da primeira Lei, a do Mentalismo.
O Universo se desencadeia através da sexta Lei, a de Causa e Efeito, ou seja, através da Lei do Karma. Em todos os momentos da Cosmogênese,ou melhor, da vida Universal, (veja detalhes sobre Cosmogênese e Karma no livro "O Homem e o Universo") existe um ponto que regula, que faz o jogo entre Causa e Efeito, que estabelece a Lei Universal e que tem duas possibilidades - espírito, ligado à Causa e matéria, ligada ao Efeito. Esse metabolismo entre os dois pólos é controlado pelos primeiros deuses do Universo, os sete Autogerados, conhecidos como os sete Anjos de Presença. Na teosofia, este momento universal é conhecido como Segundo Trono.
O efeito se estrutura através da segunda Lei, a de Correspondência - "Aquilo que está em cima é como aquilo que está embaixo" - e é regulado pela quarta Lei, a da Vibração e pela quinta, a do Ritmo. A atuação dessas duas Leis é que determina a característica do jogo entre os opostos, pois são elas que regulam os impulsos dos Tattvas, nome dado às várias modalidades das energias cósmicas.
A alma do homem corresponde ao segundo trono porque é na alma que se processa a dinâmica da vida interior de cada indivíduo. Essa dinâmica envolve um jogo entre Vontade, Mente e Emoção. (este jogo está detalhado no livro "O Homem e o Universo")
Assim como o primeiro momento da criação do Universo é mental, quando surgem os Arquétipos (vide rodapé), assim também o primeiro momento da iniciação, ou seja, da autorealízação é mental. É a fase em que o discípulo deverá conhecer as Leis Universais, ajustar-se a elas, procurando aproximar-se cada vez mais dos Arquétipos Universais. Ao passo que formos nos deparando com essas Leis, deveremos ir perdendo nossos preconceitos, nossos dogmas, e ir abrindo a mente para novas informações, ir desenvolvendo conceitos mais amplos, nunca definitivos, sempre sujeitos a novas investigações. E, sobretudo, devemos aplicar na vida as Leis que formos descobrindo.
Aplicar como?
Sondando nossa consciência diante de cada acontecimento da vida, para escolha da solução acertada para as circunstâncias que estamos vivenciando. São muitas as oportunidades que a vida nos oferece no convívio com os semelhantes, nas atividades profissionais, sociais, políticas etc.
O que nos direciona na vida é a nossa personalidade com todas as suas tendências positivas e negativas. Para bem utilizar o cabedal de sua personalidade, o homem deve conhecer, deve aprender como utilizar as Leis que regem a vida no mundo dos efeitos onde vivemos.
No estágio atual, os elementos da alma estão em completo desequilíbrio. O objetivo da vida é o de equilibrar os pólos opostos da alma. E isso só conseguiremos através da transformação da emoção, aprendendo a lidar com a nossa balança interna - mente e emoção.
Nossa personalidade, além de sofrer a influência de causas lançadas em vidas passadas, vai, também, lançando novos impulsos através de nosso relacionamento com os fatos e com as pessoas. O relacionamento com as pessoas é a grande escola iniciática da vida terrena. Sem esse relacionamento seria fácil acalmar nossa natureza. Todavia, é nesse intercâmbio com os semelhantes que testamos o nosso estado interior. Todos os entrechoques são para nos apresentar lições, das quais precisamos aprender a tirar proveito.
Para direcionar os eventos de nossa vida precisamos descobrir como lidar com os três elementos fundamentais da alma humana - Vontade, Mente e Emoção, os quais, como já dissemos, realizam o jogo da alma. Ainda reagimos emocionalmente ante os acontecimentos que nos cercam. Precisamos ampliar a capacidade de nossa razão, de nosso discernimento, para sermos capazes de reagir de forma imparcial e justa.
Um dos termômetros para medir nosso estado interior é:
1. verificar quanto os que nos cercam se sentem lesados, ofendidos, em conseqüência de nossa atuação;
2. verificar o quanto nós nos sentimos lesados com as reações dos que nos cercam;
Quando conseguirmos nos relacionar sem sermos atingidos e sem atingir nossos semelhantes, tornando-nos tão imparciais que sejamos capazes de agir com justiça, é sinal de que está havendo um controle emocional, é sinal de que os elementos da mente começam atuando, levando-nos a discernir a reação justa para cada uma das várias situações. Somente através da transformação interior resultante do tremendo jogo da vida, conseguiremos galgar patamares mais elevados de nossa vida espiritual.
Através do trabalho da alma, a personalidade alcança o contato com a sua Consciência Superior, com seu espírito, que é uma partícula da Divindade.
É interessante notar o seguinte: há um movimento reversível na evolução do Macro e do Microcosmos. Na descida, a Causa é o plano arquetipal formulado pelo Eterno e o Efeito é o Universo, inclusive o homem. Na subida, de volta ao Eterno, a Causa da ascensão é o Mental Humano, é a Vontade férrea, é a transformação da Emoção, e o Efeito buscado é o Espírito, é a reintegração em Deus.Arquétipos: padrões elaborados pela mente Cósmica e que vêm dar as várias estruturas do Universo. São condensações energéticas que contém a pré-figuração do Universo. O comportamento das células, por exemplo, está enquadrado em um dos tipos de Arquétipos do plano Arquetipal. Esses Arquétipos, por exemplo, estão na estrutura de nossas células, determinando as funções dos órgãos, tais como fígado, rim, coração, etc. Podemos dizer que é a Consciência de Deus nos vários detalhes do Universo.
