1ª. PARTE

ACONTECIMENTOS QUE PRECEDERAM A VINDA DE JESUS, O CRISTO

 

 

CAPÍTULO I

- ORIGENS DO POVO JUDEU

 

Para situar o povo Judeu, que vivia ao tempo de Jesus, é necessário conhecer seus antecedentes históricos.

Tudo começa com Abraão, no ano 1.850 a.C. A história de Abraão está registrada no Gênesis de 11 a 25 e em  Atos dos Apóstolos 7, versículos 2 a 8. Ele pertence a um povo semita, nômade, dirigido pelos patriarcas.

Abraão, originário de Ur; na Caldéia, às margens do Eufrates, onde hoje se encontra o Iraque, foi enviado por  Deus à Canaan, a Terra Prometida, com Sarah, sua mulher, sem saber qual seria o seu destino. Parte com seu  sobrinho Lot. A certa altura, ambos se desentendem e prosseguem sós. Abraão vai para Mamre que fica na terra de   Canaan, junto ao Monte Hebron, região entre o Egito e a Síria, e Lot segue para a região de Sodoma.

Abraão recebe do povo nativo a designação de Hebreu, conforme lemos em Gênesis 14:13 - "Então veio um que escapara e o contou a  Abraão, o Hebreu...". Isto porque Hebreu na língua dos cananeus, que pertence ao grupo de línguas semíticas e da qual se origina o hebraico, significa estrangeiro.

Deus abençoa a descendência de Abraão, portanto, do povo Hebreu. Com Agar, a escrava, ele gera Ismael, de cuja linhagem surgem os Ismaelitas. Com Sarah, já na velhice, gera Isaac. De Isaac com Rebeca nascem Isau e Jacob. Em Gênesis 32:22, lemos a respeito da tremenda luta que Jacob trava com o anjo, da qual sai vitorioso. Por causa dessa prova de coragem, passa a ser chamado pelo nome de Israel que, em hebraico, significa "lutando com o próprio Deus".

Jacob tem 12 filhos e uma filha, que dão origem ao povo Israelita.

 

De Lea

Da serva Bilha

Da serva Zilpa

De Rachel

Issacar

Dan

Gad

José

Zebulon

Naphtali

Aser

Benjamin

Dina

 

 

 

Ruben

 

 

 

Simeão

 

 

 

Levi

 

 

 

Judá

 

 

 

 

O filho que Israel mais amava era José. Por esta razão e por outras, os irmãos passaram a ter ciúmes de José e o venderam a uma caravana de Ismaelitas, que o levaram para o Egito. Lá, José é comprado por Potifar, oficial do Faraó. A mulher de Potifar quer seduzi-lo e, como José não pactuasse, arma-lhe uma cilada. Arranca-lhe a capa e afirma que José se aproximara para fazer-lhe proposta desonesta, pelo que é lançado na prisão.

Acontece que o Faraó tem um estranho sonho: sete vacas negras e magras devoravam sete vacas brancas e gordas ao mesmo tempo em que sete silos onde existia o trigo eram devorados por sete silos vazios e negros. Consultado, José interpreta como sete anos de abundância que seriam seguidos por sete anos de miséria, e aconselha o Faraó a que se abastecesse de quanta provisão fosse possível. Como tudo se realizasse, José foi feito vice-rei do Egito.

Em 1.700 a.C., havendo fome na terra de Canaan, e estando o Egito perfeitamente abastecido, os filhos de Israel foram até lá para comprar alimento. José foi reconhecido pelos emissários e, então, Jacob, ou seja, Israel, e todos os de sua casa descem para o Egito. Por essa razão, sua descendência passa a se proliferar no Egito.

Enquanto José viveu, foram bem tratados, mas após a sua morte passaram a ser tratados como escravos.

É interessante notar aqui um grande jogo das leis da vida - José, vendido como escravo é transformado em rei e, aqueles que o haviam feito escravo, são transformados em escravos com toda a descendência.

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