Dinâmica de Grupo

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"O buraco no céu"

0 artigo "Buraco no céu" foi trabalhado com a técnica "Painel Reversível".

1 - Leitura feita pelo grupo todo. Cada um lendo um parágrafo.

2 - Dividir a classe em grupos grandes para descobrir idéias semelhantes e idéias diferentes. Deve ter uma pessoa secretariando para ler as conclusões, pois depois de cada etapa deve haver uma exposição das conclusões para o grupo todo.

3 - Dividir a classe em grupos menores para descobrir a idéia principal e as idéias secundárias. Proceder ao fechamento, com as secretárias relatando as conclusões.

4 - Dividir a classe em duplas para descobrir a mensagem e possíveis medidas a serem tomadas. Cada grupo deverá expor suas conclusões

As conclusões devem ir sendo anotadas no quadro para, no final podermos ter uma conclusão geral.

No final, deve haver um pronunciamento individual dando sua opinião sobre a dinâmica.

Os itens a serem pesquisados pelos grupos vão variar conforme o teor do texto e devem ser levantados pelo professor.

 

(Com este texto começa a história “O buraco no céu” de Roseana Murray, que foi publicada pela editora memórias futuras.)

 Vamos falar do mundo . Desse planeta azul e belo, que viaja silencioso pelo céu. Com suas florestas, rios, lagos, montanhas e oceanos. Com seus bichos grandes e pequenos, baleias e formigas, beija-flores e leões.

Este planeta Terra viajando a milhões de anos pelo céu, sempre a mesma viagem, cheia de beleza e silêncio.

A terra, com suas florestas, rios, lagos, montanhas e oceanos, é a casa do homem. É este planeta que ele habita, é ai que constrói sua vida e seus sonhos. É neste planeta Terra que o homem nasce, cresce e morre, como toda e qualquer semente. É ai que o homem ama e faz seus filhos, e foi assim desde sempre.

No começo o mundo era imenso para o homem; e desconhecido e intransponível. Como atravessar o mar e dobrar montanhas e cruzar florestas? Mas pouco a pouco ao longo desses milhares de anos, tudo o que conhecemos foi sendo inventado ou descoberto: o fogo, o ferro, o bronze, a roda, a carroça, os barcos, a luz, os trens, as máquinas, as máquinas, as máquinas...

E lá se foi o homem inventando coisas, destruindo coisas, como um duende louco. Telefones, plástico, televisão, avião, foguete, bomba atômica, lixo atômico. E lá se foi o homem inventando a morte.

Sem pensar que os outros homens virão, que os seus filhos terão filhos, o homem destrói florestas, bichos, mares e montanhas, enquanto a Terra navega silenciosa pelo céu.

A Terra é a casa do homem. É neste planeta azul e belo que se faz o milagre da vida. Não conhecemos ainda nenhum outro planeta com vida. Por enquanto estamos sozinhos nesta aventura. Talvez, por isso, quando olhamos o céu, nos sentimos tão emocionados e pequenos.

Agora nossos cientistas descobriram mais um grande perigo para essa nossa casa azul. Não só as plantas estão sendo destruídas. Não só os mares e os rios estão sendo poluídos. Não só os bichos estão sendo assassinados.

O homem também está destruindo o ar, a camada de ar que cobre e protege a Terra.

Há um buraco no céu. Por esse buraco a vida pode escapar.

A atmosfera da Terra é dividida em camadas: a inferior é a parte que respiramos; a superior é a estratosfera ou a camada de ozônio.

Essa camada de ozônio protege a Terra dos raios ultravioleta que vêm do Sol e que são muito perigosos para o homem. Sem essa camada, os raios ultravioleta atravessam a estratosfera e nos atingem diretamente, provocando doença e morte. Não só para o homem mas também para as plantas e os animais.

Como foi que o homem conseguiu fazer um buraco no céu?

Como é que o homem está destruindo esta camada de ozônio tão importante para a sua vida?...

 

(O texto abaixo está na quarta capa do livro O buraco no céu.)

 

"Um buraco no céu pode parecer estranho, mas, embora não possamos vê-lo, os cientistas, com suas máquinas de observação, perceberam um enorme rombo na atmosfera - essa camada de ar que envolve o nosso planeta. 

Lá no alto, a uma distância que varia entre 15 a 50 quilômetros acima de nós, um gás chamado ozônio forma uma espécie de armadura de proteção à Terra, filtrando os raios ultravioleta produzidos pelo Sol. Estes raios, em excesso, causam graves problemas aos seres vivos, podendo ser fatais.

Na camada de ozônio situada acima da Região Antártida, foi observado um buraco que, 1987, já era do tamanho do Brasil, com oito mil metros de profundidade.

O que vem destruindo essa camada é um composto fabricado pelo homem, o CFC ou clorofluorcarbono, que é usado nos tubos de aerosol - os sprays - , em alguns plásticos e embalagens (como as dos ovos) e também nos aparelhos de refrigeração (geladeiras e aparelhos de ar-condicionado).

As indústrias têm meios de reduzir e substituir o CFC e já é possível identificar nos frascos de produtos em spray aqueles que não contêm essa substância. Mais uma esperança: também algumas empresas vêm substituindo as embalagens para ovos e sanduíches por outras.