3ª PARTE
"MEDITAÇÃO"
"Mesmo que nos empenhemos arduamente na tarefa de conseguir um equilíbrio psíquico, todavia, jamais nos sentiremos plenos sem cuidar de nossa parte espiritual. Buscando uma comunicação maior com nossa Consciência Superior, buscando uma capacidade maior de abrangimento do Universo, a fim de despertar o nosso Deus interno, apresentamos, a seguir, aspectos fundamentais do processo da Meditação".
O que é MEDITAR? Se dividirmos a palavra teremos, por coincidência, o sentido exato - ME - DITAR. Que parte de nossa natureza interna pode nos ditar conteúdos sábios senão nossa própria Consciência Superior? A medida dessa comunicação com a Consciência Superior depende do equilíbrio de nosso organismo, sendo que o disparador desse processo é a transformação interior, ou seja, o equilíbrio de nossos componentes psíquicos - mente e emoção.
Para qualquer tipo de Meditação, o passo fundamental é conseguir acalmar a matéria mental, é conseguir o estado de perfeita concentração. O significado da palavra Yoga é o mesmo de Religião. Religião vem do Latim e quer dizer re-ligar, tornar a ligar aquilo que um dia se separou - o Espírito.
A Meditação Mística, baseada no mais tradicional método de Yoga, o da Yoga de Patanjali, envolve um processo constituído por 8 passos. Essa Yoga foi formulada há mais de cinco mil anos, pois tem sua origem no Tantrismo, na Yoga primitiva do Hinduísmo, dos Vedas.
A primeira preocupação é de caráter moral. Os dois primeiros passos, cada um subdividido em 5 itens, tratam de aspectos morais.
1º passo da Yoga da Patanjali
Yamas - interdições
Os Yamas são em número de cinco:
· Ahimsa - não violência.
Até certo ponto corresponde ao 5° mandamento - não matar - só que é muito mais amplo e rico em seu conceito. Na definição original: "Abster-se de, em qualquer época e de qualquer maneira, causar danos, ou sofrimentos, a qualquer ser vivente, incluindo a sua própria pessoa".
Em relação aos vegetais, só interromper o ciclo natural quando haja finalidade.
Em relação aos animais, só interromper a vida quando for para utilização como alimento. Jamais caçar e pescar apenas por esporte.
Em relação aos semelhantes, não lesar nem com pensamentos, nem com palavras e nem com atos. Não emitir observações frívolas, difamações etc. Não julgar. Procurar compreender as razões que levaram determinada pessoa a praticar determinado ato que lesou a nossa emoção. É procurar compreender o prisma interno de tal semelhante, ver o teor do grau evolutivo daquele que praticou esse ato e reagir com justiça e não com personalismo.
Em relação à própria pessoa, nunca emitir autojulgamentos injustos, depreciativos. Não usar produtos que façam mal à saúde, tais como fumo, tóxicos etc. Evitar reações violentas, as quais, conforme ficou comprovado pela Psicossomática, resultam em auto-agressões irreparáveis. Observar rigorosamente as leis equilibrantes da emoção:
1. Serenidade;
2. Alegria;
3. Compreensão;
4. Senso de humor;
5. Harmonia;
6. Humildade;
7. Justiça;
8. Coragem;
9. Determinação.
Em hipótese alguma deixar ferver o sangue. Elaborar, diante de qualquer situação conturbadora, o processo mental - distinguir o certo do errado, com isolamento da influência emocional, e fazer o certo à custa da Vontade. Só assim a decisão será justa.
É preciso compreender bem o termo médio de Ahimsa; ela é não violência ativa. O indivíduo não declina de seus direitos, mas exige-os sem violência, tanto assim que Gandhi, com esta filosofia, conseguiu a independência da Índia.
Mahatma Gandhi.
Mahatma quer dizer "a grande alma". Seu nome verdadeiro é: Mohandas Karamchand e viveu de 1.869 a 1.948. Estudou em Londres e tornou-se advogado. Viveu na África do Sul de 1.893 a 1.914 e defendeu a causa dos Hindus emigrados, contra o racismo. Mostrou-se hostil aos Ingleses a partir do massacre de Amritsar, em 1.919 e, em 1.920, induziu os Hindus à não cooperação, sem violência e à reivindicação da independência nacional. Tornou-se herói nacional. Foi preso várias vezes. Em 1.931, assinou com o vice-rei o pacto de Delhi e participou, em Londres, da conferência da Mesa Redonda reivindicando a independência da Índia. Fez greve de fome para chamar a atenção sobre o problema das castas dos intocáveis. Participou das negociações que antecederam à independência da Índia (15-8-1.947), mas que trouxeram também, contra sua vontade, a separação do Paquistão. Foi assassinado por um Brâmane fanático.
Luther King foi outro grande praticante deste Yama. Lutou contra a violência dentro dos Estados Unidos e contra sua política externa quando tem empregado a força para defender seus interesses econômicos em outros países.
Não violência, longe de ser cruzar os braços em face dos males e erros do mundo moderno, bem como dos problemas que nos cercam, é o método mais inteligente, mais humano, mais racional para se avaliar sempre o ponto de justiça dos acontecimentos e para se tomar uma posição ativa a fim de se conseguir, em todos os casos, uma solução adequada, sem violência.
Kennedy externou o seguinte pensamento, aplicável tanto à vida social quanto à vida particular: "Aqueles que tornam impossível a revolução pacífica, tornam inevitável a revolução violenta".
A fórmula mágica para se praticar Ahimsa com sucesso é o diálogo - individual, familiar e político. Difícil de ser praticado por causa dos personalismos.
Existe um fenômeno curioso: para aquele que atingiu Ahimsa, o mundo parece melhorar. De tal maneira houve uma mudança em sua forma de reagir perante os acontecimentos, que as pessoas passam a parecer boas e mais simpáticas. Mas o que na verdade mudou foi o enfoque daquele que atingiu Ahimsa.
· Satya-graha - Veracidade.
Não tem mandamento diretamente correspondente. O oitavo, "não levantar falso testemunho", estaria enquadrado aqui. Cuidar da mentira social, política, comercial, e no contato com as crianças. O hábito da mentira vai enfraquecendo a firmeza do caráter. Quando não for possível dizer a verdade, calar-se. O médico, por exemplo, não pode falar a verdade sobre o estado grave de um doente, porque poderia prejudicar uma recuperação, sempre possível.
Há momentos críticos em que só um discernimento aguçado poderá nos dizer como agir. Você está sentado debaixo de uma árvore muito copada e presencia alguém, fugindo de um inimigo, subir nela para se esconder. Quando chega o inimigo, empunhando arma e perguntando se você o viu, você diria a verdade, ou mentiria, escondendo o fugitivo?
Certas verdades esotéricas não podem ser ditas claramente. Seria como "jogar pérolas aos porcos". Uma definição abrangente poderia ser expressa da seguinte forma: Falar segundo nosso estado de consciência, observando, porém, o estado de consciência de quem ouve. Calar, mas nunca distorcer.
· Asteyam - Honestidade
Corresponde ao sétimo mandamento - "Não furtar" - e ao décimo - "Não desejar as coisas alheias". Desenvolver a noção exata de propriedade. Cuidar da astúcia nos negócios. No campo das idéias existe muita apropriação indébita. Naturalmente que o indivíduo pode recorrer ao uso de tudo quanto seja do domínio público, no terreno científico e técnico, filosófico e literário, mas deve citar as origens.
· Brahmacharya - Castidade.
Corresponde ao sexto mandamento - "Não pecar contra a castidade". O Yama não preconiza a abstenção do sexo, mas o respeito e o equilíbrio, tal como se espera de toda a conduta humana.
Esotericamente, a sexualidade está ligada a uma energia cósmica que recebe o nome de "ojas". Essa mesma energia é que atua no desenvolvimento mental e espiritual. É por essa razão que os excessos e os desregramentos nessa área prejudicam o processo evolutivo. Para sustar, pelo temor, o tremendo abuso do instinto, é que surgiu no Cristianismo o conceito dogmatizado de pecado. Como a idéia de pecado se diluiu, surgiram as doenças venéreas, inclusive a AIDS, para sustar os abusos. O recalque é desequilíbrio, impede a integralização da personalidade. O ideal é libertação e controle, autodomínio.
· Aparigraha - Desapego dos bens materiais.
Basicamente, as coisas materiais são meios e não fins. Meios de que se serve o veículo para alcançar objetivos superiores. Existe uma relação direta entre apego e insatisfação interior. O homem tende a apegar-se - meu carro, minha casa. Quando crescem os valores internos, cada vez mais o homem precisa de menos para ter paz e se sentir feliz. Não é desprezar ou rejeitar as coisas materiais. O homem pode gozar de todo o conforto do século vinte. O problema está no apego e no acúmulo. Até nisso é preciso observar a lei do movimento. O erro está em pensar que são grandezas permanentes.
É preciso refletir sobre o quanto estamos apegados aos valores subjetivos: riqueza, beleza física, prestígio social, glória, poder, não só para grandes cargos, mas para simples lideranças de grupo, da vida profissional e, até mesmo, do lar. O contato com estes valores subjetivos e com os bens materiais gera o apego e é o apego que produz o sofrimento, pois as coisas não são propriamente nossas e, mais cedo ou mais tarde, nos serão tiradas. Existe uma frase de Huberto Rhoden que define bem esse estado de ser: "Tenho o direito de ter e de fazer tudo aquilo que, se eu deixasse de ter ou de fazer, não me fariam falta alguma". O Bhagavad Gita, em seu capitulo III, trata com muita propriedade do tema - Desapego ao fruto de nossas ações.
2º passo da Yoga de Patanjali
Niyamas - prescrições
Os Niyamas são, também, em número de cinco:
¨ Sadhana - Pureza.
a) Purificação externa: limpeza do ambiente, asseio pessoal, exercícios físicos, ar livre, alimentação. Muito difícil cuidar de uma alimentação saudável, pois a civilização, para facilitar, já adotou as latarias e os conservantes. O comercialismo alimentar gera como que uma neurose nacional para criar comedores compulsivos ao invés de comedores conscientes. Acresce o estado de poluição generalizado, inclusive os fumantes que, sem o menor respeito, infestam os ambientes. Vida sedentária; quem tem carro, por exemplo, jamais anda a pé. Todavia, somos o Templo do Espírito Santo e só o corpo físico pode realizar o objetivo da vida sobre a face da terra.
b) Um dos aspectos da pureza refere-se à parte emocional e mental. Sentimentos impuros e maus pensamentos constituem o maior entrave à Iniciação. Ódio, inveja, ciúme, despeito, orgulho, amor próprio, maledicência, autoritarismo, ambição e vaidade não convém de modo algum àquele que busca a auto-realização.
c) De uma certa maneira envolve o "Tapas", palavra Sânscrita que significa austeridade, controle e que está relacionada com a Meditação e a Contemplação. Divide-se em:
- "Tapas" físico - manter a posição correta do corpo, da coluna vertebral. Atitude de alerta, de sucesso. Repouso correto, sono e lazer.
- "Tapas" verbal - manter a calma, nunca explodir com palavras, nem impor idéias, somente expor o que pensa. No livro Memórias de um Adepto, lemos: "A conversação honesta, amena, verídica e instrutiva, além da habitual meditação sobre as verdades, concorre para a austeridade da palavra".
- "Tapas" mental - pensamentos puros, nobres, evitando os negativos. A agudeza mental, o sentimento de igualdade e o silêncio concorrem para a austeridade mental. Libertação dos preconceitos e dos dogmas. Manter abertura para análise de todas as idéias porque é a soma do particular que constitui o Universal.
¨ Santosa - Alegria.
Satisfação permanente, na saúde ou na doença, na alegria ou na tristeza, na riqueza ou na pobreza. Nossa emoção é assediada 24 horas por dia - contratempos, disposição dos que nos cercam; até para gastar nosso dinheiro fazendo compras, somos agredidos; filas, atropelos, defensiva contra as desonestidades. Pois bem, Santosa é, dentro de tudo isso, manter o bom humor, o otimismo.
Existem duas formas de se encarar os acontecimentos. Conta-se que certo turista, no centro de uma grande cidade, viu dois homens no meio de um monte de pedras e ficou curioso para saber do que se tratava. Perguntou a um dos trabalhadores: "O que vocês estão fazendo aí?" A resposta, dada com um olhar de revolta, foi: "Você não está vendo, estou quebrando estas malditas pedras". Não satisfeito com a resposta, dirigiu-se ao segundo trabalhador e fez a mesma pergunta, e a resposta, dada com o rosto iluminado, cheio de alegria e entusiasmo, foi: "EU?! Estou construindo uma catedral!"
Santosa é a capacidade de inverter o estado interior pela Vontade, empregando a técnica da auto-sugestão. É a base da felicidade e da saúde. A Psicossomática afirma que o estado interior pode mudar o teor dos hormônios que circulam pelo organismo.
Santosa é a atitude de aceitação dos entrechoques da vida, aliada a uma atitude ativa de procurar se sobrepor às dificuldades, tendo, porém, a certeza de que existe uma Justiça Divina em cada acontecimento. Interiorizar a frase: "Sou uma partícula da Divindade e estou no fluxo Universal. Nada de injusto pode me acontecer".
¨ Saucham - Serenidade.
É uma das leis da Psicossomática. Controle sem se irritar e sem desanimar. Provém dessa certeza de que a vida é eterna e de que nada nos pode atingir no cerne de nossa estrutura. Nessa, só nós podemos atuar. Muitas dificuldades pelas quais passamos têm por função nos dar lições de vida. A iniciação deve ser feita com tranquilidade, tal como está expressa na frase de um Mestre desconhecido: "O discípulo deve avançar no caminho com a mesma serenidade de uma flor que desabrocha naturalmente".
¨ Swadhyaya - Desenvolvimento do EU interno.
Meditação profunda sobre os ensinamentos esotéricos recebidos. Luta acirrada contra a ignorância. Trazer a consciência de Deus para dentro de nós.
¨ Ishwara Pranidhana - Pensamento constante na Divindade.
Busca da harmonização com o Universo, a fim de alcançar a integração. Diz uma afirmativa Oriental:"Como centelhas divinas podemos pronunciar mentalmente - Eu sou Ele".
Notar que na iniciação do ciclo anterior havia regras, havia provas concretas a serem vencidas. Hoje, a iniciação é mental, constituída pelas Yogas e pela transformação interior e o homem a pratica através da Vontade Superior.
São palavras de Voltaire: "A única maneira de se entender o que significa exatamente alguma coisa é praticá-la. Nem 4.000 volumes de metafísica nos ensinarão o que é a alma".
William T. Stead, célebre diretor de jornais e defensor dos oprimidos, passou três meses na cadeia por artigos que escreveu. Muitos anos depois, declarou que esses foram os meses mais proveitosos de sua vida: "Pela primeira vez tive tempo para sentar-me e pensar, sentar-me e encontrar-me".
3º passo da Yoga de Patanjali.
Pranayama - absorção e domínio de Prana, a energia Universal
Prana, quer dizer energia vital e Yama, quer dizer transformação.
Os Mestres, no Oriente, exigiam que o discípulo praticasse as duas primeiras etapas da Yoga - Yamas e Niyamas - antes de poderem executar o verdadeiro Pranayama. Isto porque ele iria despertar e desenvolver forças interiores antes de haver conseguido a purificação do coração, uma vez que a ativação de Prana é um processo técnico. Se o homem não estiver puro, ele poderá prejudicar aos outros e a si mesmo. Ele vai despertar Prana que é a força mais poderosa do Universo, pois, segundo a concepção Hindu, é ela que gera a atração universal, mantendo a estabilidade dos corpos celestes.
Segundo a Teosofia, essa energia de Prana circula por um corpo que, em outra dimensão, se superpõe ao corpo físico do homem - o chamado corpo vital. Esse corpo é constituído por uma espécie de rede formada por um grande número de retículos, sendo que existem concentrações dessa energia em vários pontos, concentrações que recebem o nome de Chakras e que estão ligados ao sistema nervoso central.
São as várias modalidades de Prana que a Acupuntura movimenta para obter a cura de doenças e o equilíbrio físico. Essas energias são hoje aceitas pela ciência, tanto assim que a Acupuntura está oficialmente reconhecida e ensinada em Faculdades de Medicina.
A entrada de Prana no organismo físico se faz, principalmente, pela respiração, dai a importância deste terceiro passo da Yoga, cuja finalidade é a de apresentar técnicas respiratórias.
São necessárias duas etapas preparatórias para se praticar o verdadeiro Pranayama.
Ø Respiração completa, denominada Prana-Kriya.
¨ Pode ser praticado de pé ou sentado, com a coluna na vertical, tendo as mãos sobre os joelhos, com os olhos fechados e mantendo a atitude mental e emocional tranquilas.
Inspiração (Puraka) - começa a inspiração pelo nariz, enchendo a parte inferior dos pulmões. Depois, lentamente, começa-se lançando o abdômen para fora, a fim de baixar o diafragma e dar o máximo de expansão à região baixa do pulmão. Continuar a absorver o ar pelas narinas de maneira que a parte média dos pulmões se vai enchendo naturalmente, enquanto a barriga, também naturalmente, se vai recolhendo e empurrando o ar para cima dos pulmões. Tendo já cheias de ar as duas partes inferiores, o discípulo, com um movimento suavemente enérgico dos músculos do abdômen, recolhe ao máximo o ventre, enquanto levanta ligeiramente os ombros, já na parte final da inspiração. Por esse movimento duplo - retração da barriga e levantamento dos ombros - a parte superior dos pulmões fica literalmente cheia.
Imaginar continuamente que está absorvendo Prana em profusão.
¨ Retenção (Kumbhaka) - Reter, por alguns segundos, o ar nos pulmões formulando a imagem mental de que o Prana está vitalizando todo o corpo, principalmente o sistema nervoso.
¨ Expiração (Rechaka) - Baixar lentamente os ombros e ir soprando o ar vagarosamente pela boca, ainda com o abdômen retraído e o peito distendido, forçando a musculatura. Afrouxar os músculos do ventre esvaziando a parte média dos pulmões. Finalmente, contrair o abdômen para esvaziar a parte inferior sempre soprando o ar pela boca. Visualizar que os resíduos e todos os males estão sendo expelidos.
Ø Respiração alternada (Vama Krama)
Procurar afastar-se da torrente habitual dos seus pensamentos e emoções, visando a obtenção de uma pacífica atitude mental. Pode-se fazer a Respiração alternada e, depois, o Pranayama, na posição em que se sentir melhor. Em pé, olhando para o norte, sentado ou em uma das Asanas, posições sobre as quais vamos discorrer no 4º passo. O ritmo respiratório deve ser de 1 para 4 e para 2. Por exemplo, se utilizar 2 tempos para a inspiração, gasta-se 8 tempos para a retenção e 4 tempos para a expiração. Colocam-se os dedos indicador (Júpiter) e médio (Saturno) sobre a testa, na raiz do nariz, onde se encontram dois centros de força e obtura-se a narina direita com o polegar quando estiver em ação a narina esquerda e obtura-se a narina esquerda com o anular quando estiver em ação a narina direita. Na Respiração alternada, começa-se a inspiração pela narina esquerda. Faz-se depois a retenção durante 4 vezes o tempo gasto na inspiração. Procede-se à expiração pela narina direita, durante 2 vezes o tempo gasto na inspiração. Recomeça-se, agora, a inspiração pela narina direita, retém-se e solta-se pela narina esquerda, obedecendo o mesmo ritmo.
No início, até adquirir maior capacidade pulmonar, pode-se observar o ritmo de 4 tempos para cada uma das fases da respiração alternada e ir, progressivamente, aumentando o tempo.
Ø Pranayama
O Pranayama consiste na mesma forma de respirar descrita para a Respiração alternada, com a diferença de que, além de observar o ritmo certo, o praticante deverá durante todo o processamento, mentalizar o Mantrã "OM" na inspiração e pronunciá-lo na expiração, de forma suave e contínua, sem golpes de som. O ritmo é o mesmo.
Ao aspirar o ar, deve imaginar que está dirigindo o Prana que entra junto com o ar atmosférico: as correntes laterais para o chakra Esplênico, de onde será distribuído e a corrente central, para o chakra Raiz ou Muladhara, onde Prana recebe o influxo de Kundaline. Kundaline é uma palavra Sânscrita empregada para nomear uma das Forças da Natureza, ligada ao poder da vida. Na expiração, esse Kundaline, que é de cor vermelha, vai banhando e vivificando os chakras ao longo da coluna vertebral.
Quando o sol está a pino, o efeito é maior. Durante o dia, no vegetal prepondera Prana, por isso é que ele elimina oxigênio. Durante a noite prepondera Apana, por isso é que o vegetal elimina anidrido carbônico. Prana está ligado ao sol. Apana à lua. O sol se relaciona com o mental e a lua com a emoção.
4º passo da Yoga de Patanjali
Asanas - movimentação das energias do corpo vital
O Pranayama aumenta o fluxo de Prana. As Asanas têm a função de equilibrar e distribuir esse Prana.
A finalidade das Asanas é a de justapor os centros energéticos que, como já dissemos, são conhecidos da Acupuntura. Se nas posições assumidas os centros não estiverem sendo pressionados, não se alcançará o objetivo desejado. O que se busca ao fazer uma Asana é alterar o fluxo das correntes de Prana no organismo, de maneira que elas possam encontrar um circuito que as leve especificamente para determinadas regiões do corpo, ativando-as mais diretamente.
Purasana é uma boa posição para meditar: sentada, sem encostar no espaldar da cadeira, mãos espalmadas sobre os joelhos, olhos fechados, busto ereto sem forçar a atitude, músculos relaxados.
As Asanas é que passaram para o Ocidente com a designação de Hatha Yoga. Como são posições que justapõem os centros energéticos do corpo vital, provocando a movimentação das energias, para a prática da verdadeira Hatha Yoga há necessidade de se ter a percepção visual do corpo vital a fim de se poder acompanhar a evolução das energias. Sem esse controle, a prática da verdadeira Hatha Yoga se torna perigosa. As Asanas executadas sem justaposição correta dos centros de força transformam-se apenas em uma ginástica muscular.
As posições verdadeiras devem ser aprendidas com um especialista que enxergue as energias e possa acompanhar a sua evolução.
5º passo da Yoga de Patanjali
Pratyahara - cessação dos Writtis; desligar a mente das sensações
Em Pratyahara, o discípulo consegue manter a mente calma e serena, sem pensar. Governa os Writtis, ou seja, a matéria mental.
O Pranayama e as Asanas trataram de operações físicas. O Pratyahara consiste tão somente numa atitude mental.
Writtis - modificações da matéria mental, consequente aos pensamentos.
Enquanto o homem se conservar ligado à percepção objetiva, nada poderá perceber de verdadeiramente real. Pratyahara significa introspecção mental, no sentido de fazer a mente funcionar para dentro, ao invés de fazê-lo para fora. Trata de dirigir a atividade mental no sentido inverso daquele em que sempre atuou, desligando-a dos sentidos físicos para fazê-la aplicar-se sobre os sentidos internos.
Pratyahara deve seguir-se a uma sessão de Pranayama. O Pranayama evolui natural e espontaneamente para o estado de Pratyahara.
Os olhos devem estar fechados, o corpo imóvel e toda a atividade mental normal impedida de manifestar-se. Isso quer dizer, nenhum raciocínio, nenhuma deliberação, nenhuma imaginação, nenhum juízo e, sobretudo, nenhuma percepção do mundo exterior.
Com o treino, que deve ser diário, a mente vai se acalmando e conseguiremos pensar somente naquilo que determinarmos.
6º passo da Yoga de Patanjali
Dharana - concentração em um objeto
Cada um de nós traz dentro de si uma centelha daquele princípio primordial, que podemos chamar de Deus, portanto, todo o ser humano possui toda a sabedoria e todos os poderes do Universo.
Para conseguirmos a ligação com essa parte superior, divina, é extremamente importante que se observem rigorosamente os passos que vêm sendo descritos - Yamas, Niyamas, Pranayama, Asanas e Pratyahara. Em Pratyahara o discípulo deve ter adquirido a capacidade de apartar a mente dos sentidos e dos objetos externos.
Depois de Pratyahara vem o estado de Dharana. Com a mente perfeitamente sossegada, o discípulo deverá aplicá-la em um objeto só. Com toda sua capacidade de concentração, passará à observação do objeto focado, assim permanecendo até que tenha obtido a imagem total da sua forma e tenha, por assim dizer, sentido todas as vibrações que emanam do objeto e que não são captadas pelos sentidos ordinários.
A partir do momento em que o discípulo começa a perceber no objeto algo mais do que aquilo que seus sentidos normais haviam até então assinalado, já não está mais em Dharana ou concentração, pois começou a penetrar em Dhyana.
O treino deve principiar com objetos reais, concretos, e só depois passar para representações mentais, como símbolos, tais como a estrela de cinco pontas, a Taça, etc...
Nas cidades de Denver e Chicago, nos Estados Unidos, 29 cientistas fizeram experiências com o paciente Ted Serios, de 41 anos. Após várias tentativas e concentrações mais intensas, foi fotografado seu pensamento - a ala do Chicago Hotel, com o letreiro Stevens. A temperatura do corpo era muito elevada e o coração batia acelerado por causa do esforço na concentração. Várias experiências se seguiram com sucesso. A ciência não explica, mas a teosofia sabe que a matéria mental toma a forma do pensamento. Essa matéria mental recebe o nome de Writtis.
7º passo da Yoga de Patanjali
Dhyana - participação no objeto da Meditação
Dhyana já é o estado de meditação mística e, nela, obtém o praticante toda a sabedoria que nenhum raciocínio, por mais profundo ou sutil que fosse, seria capaz de produzir. Durante a meditação surge o estado de intuição plena e este revela tudo a respeito do fato ou objeto sobre o qual se medita. Não deve ser feita nenhuma formulação mental. Dhyana é abstração total. A natureza real das coisas ou objetos nos será revelada por Dhyana.
8º passo da Yoga de Patanjali
Samadhi - integração no objeto da Meditação - SER
No estado de Samadhi o discípulo se integra no Grande Espírito Uno da Vida Universal.
No Samadhi o discípulo não perde a própria consciência do eu, conservando-se como observador ou sujeito da contemplação. Neste estado, sujeito e objeto se fundem. O discípulo passa a ser aquilo que ele contempla. É o Nirvikalpa, o Samadhi sem semente, no qual nada além da consciência cósmica e global pode permanecer existindo.
Observação - A Yoga de Patanjali deve ser praticada em todos os seus oito passos, mas o discípulo deve, no começo, manter sempre a semente da meditação, ou seja, um símbolo ou um Mantrã, ou a figura de um grande Ser. Não deve deixar a mente se tornar vazia. Só aqueles que estejam perfeitamente preparados para o ato da Meditação, que disciplinaram a mente de tal maneira que ela possa permanecer por tempo considerável em um só ponto, podem abandonar a semente e meditar com a mente vazia, se bem que o estado de alerta deve ser mantido permanentemente. Largar a semente antes da hora pode levar à mediunidade, à possessão e à obsessão.
A prática da ioga de Patanjali tem por finalidade levar o praticante a alcançar um estado de perfeita concentração mental. Na Meditação Dinâmica, após alcançar o estado de Pratyahara, quando a mente se desliga das sensações, o discípulo deve tomar um tema e aplicar nele as leis e funções da inteligência, sem perder o fio, procurando seguir uma cadeia lógica de raciocínio, passo a passo, sem permitir a mínima divagação. Depois de dinamizar bem o mental, quando atingir o ponto mais alto do seu raciocínio e perceber que não consegue mais argumentos, armar uma equação, fazer uma espécie de resumo e deixar tudo em suspenso, sem conclusão definitiva, porque nossos conceitos são relativos. O objetivo da Meditação não é o de chegar a uma conclusão, mas o de provocar uma abertura do mental a fim de dar entrada a novas idéias, a novos conceitos. São as conclusões estratificadas que formam os dogmas. Após essa intensa atividade mental, largar o assunto e repousar o mental entregando-se a qualquer outro tipo de atividade. Haverá uma elaboração inconsciente e as respostas surgirão através de "insights" intuitivos.
Dentro da ciência existem inúmeros casos de descobertas no período de repouso mental. Einstein dizia: "Eu penso 99 vezes, depois eu paro e eis que a resposta vem". Naturalmente a resposta vem como consequência do trabalho anterior que deixou no inconsciente uma equação armada.
Dr. Frederick Banting (1.891-1.941), prêmio Nobel em 1.923, clínico e cirurgião Canadense, concentrou sua atenção nos estragos causados pelo diabetes. Não havia método para deter a doença. Empregou grande parte de seu tempo lendo e estudando conteúdos que tratavam desse assunto. Exausto, certa noite, adormeceu e sonhou com a possibilidade de extrair o resíduo do tubo pancreático de um cão. Assim surgiu a insulina.
Friedrich von Stradonitz trabalhava há muito tempo tentando reagrupar os 6 átomos de carbono e os 6 de hidrogênio da fórmula da benzina. Estava perplexo e incapaz de resolver o problema. Exausto, largou de pensar no assunto. Pouco depois, quando se preparava para embarcar em um ônibus de Londres, cuja fila dava uma volta, surgiu em sua mente a imagem de uma cobra mordendo a própria cauda e girando em torno de si como um cata-vento. Esta visão deu-lhe a resposta há muito procurada de reagrupamento vircular de átomos, que é conhecido como o anel de benzina.
A inspiração ou o "insight" de Newton em relação à gravitação Universal veio quando viu uma maçã cair da árvore. A maçã era atraída pela terra da mesma forma como a terra era atraída pelo sol.
O "heureca" de Arquimedes (287 a.C. - 212 a.C.) vem após um desesperador trabalho mental. O rei Hirão de Siracusa pergunta a Arquimedes se sua coroa seria de ouro puro, ou se haveria nela uma mistura de outros metais. Mas como verificar isso? A ciência daquela época estava longe de oferecer uma resposta! Após dias e dias de suposições, ao entrar em uma banheira repleta de água até a superfície, nota que há um deslocamento de água. Daí é que surge a lei do peso específico dos corpos: "Todo o corpo mergulhado num fluido recebe um empuxo vertical, dirigido de baixo para cima, igual ao peso do volume de fluido deslocado e aplicado sobre o centro do empuxo".
Num jantar em comemoração ao seu 70º aniversário, Hermann von Helmholtz, famoso físico do século passado, disse aos amigos e colegas reunidos, que quase nunca encontrava a resposta para um difícil problema de ciência, quando estava cansado ou trabalhando a sua mesa. Tinha de esperar por "pensamentos felizes", como os chamava. Estes vinham depois de um sono reparador ou durante um passeio.
O grande matemático Francês, Henri Poincarè, também falou de momentos, quando saía a passeio, em que a solução de um problema matemático lhe ocorria naturalmente. Ele acreditava que o trabalho inconsciente tende a continuar quando o problema é posto de lado, levando então à solução.
O psicólogo da Gestalt, Wolfgang Kohler denominou isso de "intuição". Karl Buhler, outro psicólogo, chamou isso de "experiência aha".
Em 1.926, Graham Wallas escreveu "A Arte do Pensamento", onde especificou as quatro etapas do pensamento criador, hoje muito conhecidas. São elas:
Preparação - que envolve coleta de informações, análise do problema e tentativa de desenvolver uma hipótese.
Incubação - quando o problema é posto de lado, embora a pessoa pense nele de vez em quando, enquanto se ocupa de outras atividades.
Iluminação - quando a solução ou uma chave do problema ocorre num relance e a pessoa exclama: "Já sei!" É o "insight", a intuição, a experiência "aha" ou o pensamento feliz dos grandes cientistas.
A própria psicologia já detectou o valor da pausa como criadora por isso foram instituídas as férias. A pessoa sai saturada, volta nova, cheia de entusiasmo pelas mesmas atividades. O sono é uma pausa da natureza. A morte é uma pausa para levantamento daquilo que foi realizado, daquilo que se incorporou à personalidade. O relaxamento é uma pausa para o funcionamento muscular do corpo.
Concluindo estas considerações sobre o mental, convém ressaltar o seguinte: A Yoga de Patanjali começa com o aspecto moral, porque o processo mental só se completa no coração. Mental é ponte, instrumento, mas a chave é emocional. A pessoa pensa que vai penetrar o mental superior através do racional, como continuação do trabalho puramente mental, como consequência exclusivamente do treino dos elementos mentais, mas isso não é verdadeiro. Posso conhecer tudo quanto a ciência descobriu, manipular as leis do raciocínio, a lógica e nunca passar para o campo da intuição. Outros, com menos conhecimento mas com disposição interna maior, poderão passar. Se não acerto o coração, tenho dificuldade de entrar em Pratyahara, Dharana, Dhyana e Samadhi.
A finalidade da Meditação é a de conseguir conciliar os opostos do mental a fim de que ele possa perceber o que está além do sensível. A seguinte historia, que conta a experiência entre um discípulo e seu mestre, exemplifica bem essa verdade.
Certo Mestre manda determinado discípulo concentrar-se no peixe e, depois do prazo estipulado, voltar para relatar a experiência. Ele volta e discorre direitinho sobre espécies, quantas barbatanas, escamas, comprimento médio das espécies, cor, peso etc. O Mestre simplesmente diz: "Bem, mas isso todo o mundo sabe e vê".
Depois de voltar várias vezes e obter a mesma resposta, certo dia, o discípulo diz, um pouco temeroso: "Mestre, estou com uma grande dúvida. Não consigo perceber se o peixe dorme. Não tem pálpebra, nunca fecha os olhos". O Mestre abriu um grande sorriso e disse: "Começaste a entrar no caminho. Continue". O discípulo tornou-se um grande Ictiólogo, professor de Universidade. Após 15 anos, volta e diz: "Agora tenho a impressão de que sei tudo". O Mestre pergunta: "Como é a consciência do peixe?" O discípulo fica perplexo - nunca havia pensado nisso. O Mestre põe a mão na testa dele e o induz a alcançar o estado de Dhyana e Samadhi. Por alguns instantes o discípulo foi peixe, perpassou tudo quanto estudara e mais a consciência, o imponderável. Sabia tudo. O Mestre, então, faz a seguinte observação: "Isto poderia ter acontecido há 15 anos atrás, mas foram necessários 15 de trabalho e persistência, 15 anos de aplicação mental incansável para firmar a matéria mental e ser possível a Integração".
Existe uma correspondência entre a Yoga do Hinduísmo, a Yoga de Patanjali e aquilo que a ciência vem desvendando sobre os processos mentais:
YOGA HINDUÍSMO |
YOGA PATANJALI |
CIÊNCIA |
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Bhakti Yoga |
1. Yamas - interdições 2. Niyamas - prescrições
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Equilíbrio psíquico - Mente e emoção -
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Hatha Yoga |
3. Pranayama - absorção e domínio de Prana 4. Asanas - movimentação das energias
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Ginástica com respiração sincronizada
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Jnana Yoga |
5. Pratyahara - cessação dos Writtis 6. Dharana - concentração
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Estado de Alpha Atenção, observação e concentração
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Estado de Alpha Estado de Alpha - A frequência cerebral se apresenta em vários níveis de profundidade e pode ser medida por aparelhos especiais, tais como o eletroencefalógrafo. No estado de vigília, ou seja, despertos, utilizando nossos sentidos para percepção dos elementos externos, estamos atuando no nível Beta, que compreende frequência de 14 a 30 ciclos por segundo. Quando acalmamos as vibrações cerebrais, atingindo frequência entre 8 e 13 ciclos por segundo, entramos no nível Alpha e, quando reduzimos ainda mais, atingindo frequência entre 4 e 7 ciclos por segundo, entramos no nível Theta. Alpha corresponde ao estado de Pratyahara, e Theta corresponde ao estado de Dharana, sendo que, em Dhyana, cessam quase por completo os vórtices da matéria mental, ou seja, dos Writtis. É nos estágios de completo repouso mental que poderemos apresentar as sugestões para reformulação dos cartões do computador cerebral.
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Raja Yoga |
7. Dhyana - participação no objeto da meditação
8. Samadhi - integração no objeto da Meditação
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Visualizar, participar, vivenciar as idéias Grandes intuições
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Para o controle da mente há necessidade de se conhecer alguns de seus fatores e ter uma idéia de sua dinâmica, por isso nos próximos capítulos apresentaremos: "Componentes mentais'', "Leis formais do pensamento" e "Funções da inteligência". Todavia, antes de passar a esses assuntos, gostaria de fazer a seguinte observação:
Dentro da ciência, veio sendo percorrido um caminho que possibilitou a abertura de portas para o encontro da parte transcendente do homem.
Henri Bergson (1.859-1.941) e Edmund Husserl (1. 859-1. 938) já procuram fazer urna distinção entre o fato, o fenômeno objetivo e a essência que opera por detrás.
Karl Jaspers (1.883 - 1.969) afirma que o homem traz inato um apelo interior que o leva a buscar a transcendência de Deus.
Viktor E. Frankl afirma a autonomia da dimensão espiritual.
Jung, Rank, Carl Rogers, Assagioli e todos os cientistas pertencentes ao movimento Humanista, tais como Maslow e Anthony Sutich, todos estão empenhados na auto-realização pelo contato com a Consciência Superior. Isto para citar somente alguns.
Finalmente, esse longo caminho que veio sendo percorrido através dos tempos, culmina, em 1.960, com a Transpessoal que se propõe a fundir a psicologia Ocidental com as metodologias esotéricas do Oriente. É considerada como a "4ª força" em psicologia e tem como uma das lideranças Stanislav Grof. Ela envolve a expansão da consciência além do ego e do espaço-tempo e considera o homem como um ser total, cuja estrutura se consolida pela interação, pela integração dos níveis de consciência físico, emocional, mental, existencial e espiritual.
Emprega, entre outras práticas, técnicas de respiração, de relaxamento e, inclusive, de meditação.